Vozes Verbais: Ativa e Passiva. Veja a intencionalidade dessas vozes no texto!

Você já parou para pensar que as vozes verbais têm intenções no seu texto? Saiba que escrever bem vai muito além de dominar regras gramaticais.
Pois é! Saber o que é um sujeito, um verbo, um predicado, tudo isso é importante, claro. Mas se limitar à estrutura da língua é como aprender a tocar piano decorando apenas as teclas, sem jamais sentir a música.

No vídeo desta semana do canal do youtube Universo da Linguagem, eu falo justamente sobre isso: como a funcionalidade da gramática pode transformar a forma como você escreve, lê e se comunica.

vozes verbais

Muita gente estuda gramática apenas para passar em concursos ou para “não errar”. Mas o estudo da língua vai muito além da correção. A gramática e os recursos linguísticos são ferramentas poderosas de comunicação estratégica, principalmente no trabalho.

Saber usar a língua é saber pensar, construir conhecimento e fazer escolhas conscientes , e essas escolhas são o que realmente dão sentido ao texto.

As vozes verbais revelam mais do que parece

No vídeo, eu escolhi um dos temas mais fascinantes da nossa língua: as vozes verbais ( voz ativa e a voz passiva).
Pode parecer um assunto técnico, mas basta olhar com atenção para perceber o quanto essas vozes verbais conectam à vida real e também omo escrevemos e a maneira como nos posicionamos.

Quer ver?
Compare as frases:

  • A Polícia Federal prendeu o suspeito.
  • O suspeito foi preso pela Polícia Federal.

As duas estão corretas. Mas a intenção muda completamente.
Na primeira, o foco está na ação de quem executa. Na segunda, o destaque vai para quem sofreu a ação.
Em outras palavras: a escolha da voz verbal muda a percepção do leitor — e é isso que torna a escrita uma ferramenta de influência.

Essa mesma lógica aparece nas comunicações corporativas e nas manchetes jornalísticas.
Quando um jornal escreve “Câmara aprova projeto”, o foco está na Câmara.
Mas se o título fosse “Projeto é aprovado pela Câmara”, o destaque seria o projeto.
Percebe a diferença? Uma simples mudança de estrutura altera completamente a mensagem e o impacto.

Gramática é estratégia — e toda escolha tem intenção

O ponto central é este: não existe texto neutro.
Toda escolha linguística como o verbo, o tempo, a voz carrega uma intenção.
Por isso, dominar a gramática de forma consciente é essencial para quem quer comunicar com clareza, propósito e impacto.

No ambiente profissional, por exemplo, a voz ativa é geralmente recomendada, porque transmite objetividade e transparência:

“A equipe apresentou o relatório.”
Mas há momentos em que a voz passiva é a melhor escolha, especialmente quando o foco é o resultado, e não o autor da ação:
“O relatório foi apresentado.”

E há ainda a voz passiva sintética, aquela que usamos quando queremos informar sem expor responsabilidades diretas:

“Encerraram-se as inscrições.”

Saber quando e como usar cada estrutura é o que diferencia um comunicador comum de um profissional estrategista da linguagem.

Um convite para ver a língua com outros olhos

No vídeo, mergulho em exemplos práticos e mostro como reconhecer essas sutilezas que constroem o sentido dos textos.
Mais do que aprender regras, você vai aprender a pensar linguisticamente, a entender o que há “por detrás das letras” — como eu costumo dizer.

📽️ Quer entender de forma leve e aplicada como a gramática pode trabalhar a seu favor?
Assista ao vídeo completo no canal Universo da Linguagem e descubra como as vozes verbais revelam intenções, constroem sentidos e fortalecem sua comunicação.

Ao acessar o meu canal, você verá uma série de vídeos sobre a comunicação escrita para o seu desenvolvimento pessoal e profissional!

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